O Paraguai passa por dias de tumulto e
reivindicações de democracia pelos povos que são contra o Golpe de
Estado, que culminou na destituição de Fernando Lugo da presidência e
nomeou Frederico Franco ao poder, na última sexta (22). Desde então,
diversos movimentos sociais vão às ruas para protestar contra o novo
governo.
Fabricio Arnella, secretário-geral da
Juventude Comunista Paraguaia, fala com exclusividade à UJS sobre a
situação na qual os paraguaios estão passando. Ele relata as medidas
tomadas pela população para fazer com que a decisão seja revertida.
“Estamos resistindo a essa medida
implantada pela oposição. Todo o país está mobilizado. Os sindicatos
estaduais estão preparando ações para intervir contra o impeachment.
Enquanto isso, a oposição se enfraquece, pois não encontra apoio para
ocupar o gabinete. Por outro lado, a situação no campo está perigosa,
pois há muitas ocupações de terras. O movimento camponês está forte no
Paraguai”, declara Arnella.
Segundo Arnella, esse é apenas o começo
da resistência dos paraguaios, que lutarão pela volta de Lugo, mas para
isso, torna-se necessário não apenas as manifestações em massa, mas
também que haja uma pressão internacional contra o golpe. Quanto a esse
apoio, os países da América Latina já se manifestaram; uma das
principais medidas foi a decisão de excluir o Paraguai do Mercosul
(Mercado Comum do Sul).
Por fim, Arnella afirma que não apoiam o
novo governo e lutarão para reinstalar a democracia no país:
“Desconhecemos esse governo golpista, seus ministro e suas forças de
repressão. Reinstalaremos o governo constitucional eleito para
retornamos à democracia paraguaia.”.
Redação
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