O movimento foi puxado pelos estudantes do curso de Direito e pela União Catarinense dos Estudantes, começaram com palavras de ordem que externavam um pouco do sentimento de todos os manifestantes: Insatisfação.
“A nossa luta, é todo dia. Educação não é mercadoria” era apenas uma de tantas outras palavras de ordem. O som das vozes dos estudantes em uníssono ecoava por toda parte, o que acabava convencendo estudantes de outros cursos a entrar no manifesto. E assim, mais estudantes apareciam.
O ato foi o ponta-pé inicial na Jornada de Lutas em Santa Catarina, exigindo mais qualidade de ensino, por livre organização estudantil e contra perseguições de estudantes e bolsistas por parte da instituição. Muitos foram os relatos de estudantes que passaram por essa situação de humilhação, péssimo atendimento, falta de tato ao lidar com os anseios dos estudantes e perseguições aos bolsistas que questionavam sobre a qualidade de ensino na Instituição. O movimento que já havia feito um abaixo-assinado, passava agora recolhendo as assinaturas de apoio a Carta de Reivindicações dos estudantes.
“Passou a hora da gente fazer-mos alguma coisa, porque a minha mensalidade teve aumento de 33% e ninguém fala nada. Não tem ninguém pra defender a gente!” declara uma acadêmica do curso de Farmácia. Para o Presidente da UCE, o movimento foi vitorioso por contemplar não apenas reivindicações dos estudantes do curso de direito, mas de muitos outros cursos. “Esse ato de hoje é uma grande conquista dos estudantes do curso de Direito, que conseguiram reunir os acadêmicos numa luta única, mas também é uma grande vitória dos estudantes de outros cursos que perceberam que a discussão de mais qualidade e menos mercantilização do ensino, também eram lutas suas. Hoje a noite, os estudantes deram uma demonstração de maturidade ao dizerem não às taxas abusivas, às perseguições aos bolsistas e o despreparo de muitos funcionários e docentes no que tange ao trato com os estudantes. Isso tem que acabar e nós mostramos isso hoje em cada corredor que passamos, e em cada palavra de ordem puxada”, afirmou Vander Rodermel.
Os estudantes passaram por todos os corredores de cada andar convidando os demais a entrarem na manifestação. “Eu ouvi um monte de gente gritando a mesma coisa, e não consegui me segurar na cadeira. Me levantei, pedi desculpas a professora e fui para a atividade, que em meu ponto de vista, foi perfeita!” declarou uma estudante de Psicologia. Depois de passarem em todos os andares, os estudantes se concentraram na entrada da Estácio e começaram a fazer seu manifesto, que contou com muitas faixas exigindo mais democracia interna e respeito dos dirigentes da instituição perante os estudantes.
Como resultado positivo do ato, os acadêmicos conseguiram marcar uma reunião com os dirigentes da Estácio, momento este em que apresentarão a carta de intenções do movimento.
Da Redação http://transformarosonhoemrealidade.wordpress.com/
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