Completando 25 anos, um quarto de século na construção de ideias, sonhos e lutas, a UJS deu início nesta quinta-feira (17) ao seu Congresso Nacional, em Salvador, retornando à terra de seu patrono, o poeta Castro Alves.
Diversas delegações já chegaram ao Centro de Convenções da capital baiana e muitas outras ainda estão por chegar. Cerca de dois mil jovens socialistas devem participar, até o próximo domingo (20) dos debates, atos políticos e atividade culturais.
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O presidente da entidade, Marcelo Gavião, abriu o congresso com um balanço da conjuntura política atual. Para ele, a mensagem central que todos os presentes devem carregar é “transformar o otimismo e o patriotismo dos brasileiros em força de mobilização”.
Gavião destacou ainda o papel que a UJS joga em diversas conquistas para a juventude, citando a recente vitória dos estudantes na luta dos 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação. “Semana passada, o Senado aprovou a reivindicação dos 50% do pré-sal. Essa bandeira foi levantada pela UNE, UBES e ANPG e contou com grande mobilização de toda a militância da UJS”, disse.
A abertura do Congresso Nacional da UJS foi marcada pela ampla participação dos movimentos sociais. Estiveram presentes UNE, Ubes, UBM, Conam, Nação Brasil Hip Hop, Cufa, MST, E-Jovem, CTB, Oclae, ANPG, Unegro, Cebrapaz, Cuca e a Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD).
Delegações de todo Brasil
O auditório Iemanjá do Centro de Convenções de Salvador esteve lotado durante o ato de abertura. Presentes, além dos anfitriões baianos, estavam as delegações do Amazonas, Acre, Piauí, Alagoas, Goiás, Rio de Janeiro e Ceará. Os goianos chamaram a atenção ao entrar no auditório ao som de instrumentos regionais, batuques e a irreverência característica da juventude.
A eles irão se juntar os militantes de outros estados que, até o fim do dia, serão um pouco como os portugueses de mais de 500 anos atrás, aportando em terras baianas para iniciar os contornos de uma nova nação. Dessa vez, porém, com anseios populares, com a cara dos jovens.
Unidade na diversidade
Dentre os vários representantes de entidades dos movimentos sociais que saudaram os delegados do congresso, um deles representava a ampliação de lutas e conquistas necessárias à entidade nesses 25 anos: o representante do E-Jovem, artisticamente conhecido com Loren Beauty. Loren é o primeiro membro do segmento LGBT a presidir a UJS de sua cidade, Campinas. “Me junto à UJS para lutar contra a homofobia que ainda é grande dentro das instituições de ensino, por parte de professores e alunos, nas escolas e nas universidades”, disse.
A fala de Loren, como um catalisador dos sentimentos trazidos por congressistas e convidados do 15º Congresso Nacional da UJS, foi um exemplo de que a construção da unidade pela diversidade, no momento histórico e contagiante em que se encontra o Brasil, será capaz de assegurar avanços por muito tempo desacreditados. Até o encerramento do congresso, no dia 20, os jovens brasileiros reunidos na Bahia prometem redescobrir um pouco do seu país e reescrever a sua história, de forma muito diferente daquela dos colonizadores, para os próximos 500 anos.
Fonte: www.ujs.org.br
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