Com toda energia, a juventude deu seu recado em São Paulo nesta sexta-feira, 26 de março, na Assembléia Legislativa do estado (ALESP).
Cerca de 500 jovens da capital e grande São Paulo lotaram o auditório onde aconteceu a audiência pública, organizada pela União dos Estudantes do Estado de São Paulo (UEE-SP), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Paulista de Estudantes Secundaristas (UPES) em parceira com a União Nacional dos Estudantes (UNE) marcando aJornada de Lutas 2010 do Movimento Estudantil.
A audiência foi convocada para esclarecer e pressionar os parlamentares a aprovarem a PEC 09/2009, que prevê a criação de um Fundo Social com os royalties do pré-sal de SP cujos recursos devem ser aplicados no financiamento da educação paulista. Na mesa estavam presentes o professor Adinan Ortolon (Unime – União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação ), Neuza Santa Alves, presidente do Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza –escolas técnicas), Roberto Guido (APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial Estado de São Paulo) , Daniel Cara (da Campanha Nacional pelo direito à Educação), o vereador Jamil Murad, e Cristiano Guimarães, representante do deputado estadual Pedro Bigardi, autor do Projeto de Emenda Constitucional, além dos presidentes das entidades estudantis Carlos Eduardo Siqueira, Yann Evanovick, Tarcísio Boaventura e Augusto Chagas.
(Assista em breve saudação de Augusto Chagas sobre a Jornada de Lutas e trechos das declarações dos outros presidentes)
O chefe de gabinete do deputado Bigardi em sua saudação trouxe um recado do parlamentar. “Ele disse que a PEC não é uma iniciativa dele, mas sim uma iniciativa do Movimento Estudantil, e que apresentou o Projeto em nome da luta pela educação, pela juventude e pelos estudantes do estado de São Paulo”, declarou Cristiano Guimarães.
A platéia lotada de alunos vibrou com a declaração. Mais de 30 ônibus vieram de toda São Paulo: Baixada Santista, Caieiras, Carapicuíba, Cubatão, Osasco, Poá, Itaquaquecetuba, Jundiaí, Jandira, Várzea Grande Paulista, entre outros municípios.
Falando sobre o acrescimento de investimentos que virão dos royalties do petróleo do pré-sal, Daniel Cara lembrou que somente para o estado de São Paulo devem gerar R$ 1 bilhão a mais por ano, que precisam ser investidos também no professor. “Os docentes precisam de uma remuneração digna. E digo mais, todo profissional da educação é um educador, portanto os recursos da educação devem vir pra todos os profissionais da educação, sendo do magistério ou não”, disse lembrando bandeira histórica de entidades do meio educacional. Cara ainda denunciou a política de premiação aos docentes adotada pela Secretaria Estadual da Educação, que dá bônus, ao invés de aumento real de salário. Segundo ele uma política de chantagem, não de mérito.
(assista em breve declaração de Daniel em vídeo)
Divisão dos royalties do pré-sal em debate
Polêmica recém aberta, a divisão dos royalties do petróleo não ficou de fora das discussões. Guido, da APEOESP, lembrou que o pré-sal é riqueza que pertence ao povo brasileiro, e defendeu a distribuição entre todos os estados.
(assista em breve declaração de Roberto Guido, da APEOESP, sobre a distribuição de royalties).
Maiores investimentos na educação paulista é um apelo que as entidades educacionais têm feito há anos. Por isso os estudantes decidiram encerrar o dia da Jornada de Lutas participando de um ato promovido pela APEOESP no Palácio do governo.
Galeria de imagens da Jornada de Lutas de São Paulo
Estudantes e professores são feridos em manifestação em São Paulo
Da redação.
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