Dérique Hohn-Presidente da UCE ao lado de Daniel Iliescu-Presidente da UNE
O Coneg, que ocorreu no Rio de Janeiro entre os dia 15 e
17/06, levou à UFRJ centenas de representantes de DCE’s, executivas de cursos e
uniões estaduais dos estudantes para aprovar a plataforma política que será
apresentada à sociedade no formato de um documento chamado “Projeto UNE
Brasil+10”.As políticas de assistência estudantil e permanência do
estudante na universidade estão no topo da lista das reivindicações do
movimento estudantil. Durante os debates, estudantes vindos de diversas regiões
do país expuseram suas demandas e discutiram soluções com o convidado. A
necessidade de construção das Casas do Estudante, restaurantes universitários,
infraestrutura adequada, possibilidade de acúmulo de bolsas e passe livre foram
os principais pontos apresentados nas intervenções.Em clima positivo, com respeito à diversidade de ideias,
estudantes mostram disposição para intensificar a luta pela educação.Os rumos da educação no Brasil e a expansão das
universidades federais renderam um debate construtivo e acalorado, com opiniões
distintas, no Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg) da UNE. Ocupando
todas as cadeiras e também o chão de uma das salas do Centro Tecnológico da
UFRJ, no Rio de Janeiro, os jovens fizeram mais de vinte intervenções sobre o
tema, em cerca de duas horas de discussões.
Ana Lúcia- Diretora UNE
O Coneg aconteceu em um momento em que o Plano Nacional
de Educação para o país (PNE), apresentado pelo governo federal, está em
tramitação decisiva no Congresso Nacional e também quando as universidades
federais passam por um momento de grande agitação com a greve de professores,
funcionários e estudantes.Priorizando o PNE e a luta pelos 10% do PIB para a
educação nos últimos anos, a UNE acompanha de perto a votação do PNE, que teve
seu mérito aprovado na sua comissão especial na Câmara dos Deputados e seguirá
agora para o Senado Federal.Muito preocupados em debater a situação das
universidades, os estudantes – na mesa e no plenário – dividiram-se quando o
tema foi o programa de ReEstruturação e Expansão das Federais (Reuni). Fazendo
uma avaliação do programa, Matheus considerou-o ineficiente: “Não existe, em
minha opinião, separação entre acesso e qualidade. A única coisa que o Reuni
apresenta é mais gente na universidade, mas sem estrutura, a universidade está
precarizada”, afirmou.Com opinião diferente, Ana Lúcia disse que o Reuni foi um
avanço importante, que precisa ser apropriado pela luta do movimento
estudantil, para garantir as melhorias em cada campus. “Não há como negar a
importância do programa e, na verdade, ele partiu de um diagnóstico de que a
universidade brasileira não está preparada para receber o povo. Se mesmo assim
ainda falta estrutura e restaurante universitário, vamos nos mobilizar, vamos
fazer o que for preciso para conquistarmos isso”, defendeu.A greve das universidades e o papel do movimento
estudantil nesse processo também foram amplamente debatidos. Como consenso, os
estudantes ressaltaram a necessidade de acirrarem a mobilização pelo Plano
Nacional de Educação fortalecendo a luta pelos 10% do PIB para a educação,
dentro da UNE e nas ruas. “Precisamos de um PNE à altura do país”, resumiu a
diretora Ana Lúcia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário